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CRM - Gerência de Relações com Clientes

Este artigo foi publicado em duas partes conforme edições 106 e 107


Estamos na "Era da Informação" e com ela um novo período na vida empresarial, na construção de carreiras e principalmente na área de negócios. Segmentos de mercado são definidos quando menos se esperam. Em meio a toda esta avalanche modernizadora, de novas tecnologias e o uso cada vez mais de informação, surgem conceitos que não podem ficar apenas nos vocabulários técnicos e acadêmicos. Estes conceitos devem e necessitam ser vivenciados pelas organizações para que as mesmas possam ser um diferencial no mercado competitivo globalizado, o que desencadeia uma disputa acirrada por mercados. O conhecimento estratégico, aquele conjunto de informações que permite compor a vantagem competitiva das empresas e profissionais precisa ser lembrado cada vez mais para se aplicar estes conhecimentos, para alavancar seus negócios e conquistar mercados além de descobrir novos nichos.

Em nosso país estamos cada vez mais elevando o nível de serviço prestado ao nosso cliente. Isso se deve a um código de proteção ao consumidor que tem funcionado cada vez mais e com mais qualidade, além do policiamento feito por algumas emissoras de televisão, que escolhem um produto e vê se seu peso, medida, composição, uso, etc.  estão de acordo com o inmetro ou outro órgão responsável. Hoje em dia todos já sabem para que serve PROCON, Vigilância Sanitária e sabem também como reclamar e onde reclamar. Não podemos esquecer também que este nível de atendimento e serviço está sendo elevado devido a disputa e concorrência em quase todos os setores da economia. As empresas de hoje, fabricam produtos tão similares em termos de design, qualidade, usabilidade e funcionalidade que nos resta como consumidores escolher o produto baseado no preço.

O cliente é um insumo em extrema escassez, por isso precisamos valorizá-lo e conhecê-lo bem. Tratar bem os clientes não é mais um diferencial para organizações, um bom serviço ao cliente é o mínimo que se espera de uma empresa. A filosofia do CRM é tratar o cliente bem e de maneira individual, pois somos seres ímpares, temos nossas individualidades e as mesmas precisam ser respeitadas. O diferencial agora, passa ser focado no cliente individual. Essa retenção, ou fidelidade é conseguida pela utilização do conhecimento individual, de cada cliente, na personalização de aspectos da relação com aquele cliente. Não basta enviar cartões de aniversário ou ao “bom-dia fulano” da página Web quando se entra, pois isto pode ser até interessante, mas fica um pouco distante do cliente. O ser humano gosta de sentir-se importante, e para que isto aconteça, precisamos cultivar as diferenças que existem entre os clientes, não ignorá-las, Identificar os clientes individualmente, em todos os pontos de contato; diferenciar por valor e necessidades; interagir para construir o que chamamos de relação de aprendizado; e personalizar a experiência que o cliente tem quando se relaciona com a empresa, através de seus produtos ou serviços.

Ferramentas aplicadas

A Tecnologia da Informação tem um grande destaque na a aplicação de um CRM. É através dela que poderemos manter maior competitividade com o uso do BI (Business Inteligence) usando por exemplo um Data Mining para realizar um aprendizado a partir dos dados históricos analisando relações de causa e efeito, comparações de variáveis de input  com padrões existentes e descobrindo alguns padrões escondidos. Com a T I poderemos também fazer o processamento do SAD (Serviço de Apoio a Decisão) cujo seu alicerce é o Data Warehouse, onde fica nada mais que as informações históricas de clientes (físicos e/ou jurídicos), a maior parte dos mesmos com pelo menos 24 horas de existência.

A filosofia do SAD é investigar o desconhecido, e isto poderá ser usado para saber porque seu cliente compra o produto x, o que ele espera desse produto, porque não compra o produto y, porque deixou de comprar o produto z. Poderá ajudar também a planejar um tratamento personalizado que encante e surpreenda seu cliente como um tratamento individual para manter a retenção deste cliente em sua lista de clientes satisfeitos.

Uma outra tecnologia que poderemos utilizar é o DataBase Marketing. Ele é um sistema integrado de recursos informacionais, projetado e administrado pela Inteligência de Marketing, com a finalidade de apoiar as decisões mercadológicas da empresa. O DataBase Marketing é uma ferramenta do Marketing e, para que você tenha um excelente ROI (Return Of Investiment - Retorno de Investimento).é preciso que sua boa utilização, seja uma condição ímpar. O DataBase Marketing é muito mais que um Banco de Dados, que se limita a relações entre Dados. Conforme Shaw & Stone (1993) um DataBase Marketing é um Banco de Dados elaborado para ser usado para objetivo de Marketing e cita também que um dos principais ativos de uma empresa é informações sobre clientes e mercados. Podemos fazer dele uma ferramenta essencial para o uso do CRM.

A Arte do CRM

Para se aplicar com eficiência o CRM, é necessário que conheçamos o grande tema Marketing e suas ramificações como Marketing Individual, Marketing Direto, Marketing de Relacionamento, Estratégia de Marketing, Call Center, Tecnologia da Informação, Qualidade, Vendas e Operações. Devido a globalização, estas áreas estão convergindo todas para o mesmo foco que é o cliente. Há uma grande interação entre todas elas de modo a formar um denominador comum.

Kobs (1993) e Shepard (1993) foram coesos em afirmar que o Marketing direto pode ajudar as empresas a atingirem o consumidor com o produto certo, a oferta certa, na hora certa. Já o Marketing de relacionamento pode ser considerado uma filosofia de administração empresarial baseada na aceitação da ênfase de esforços de toda empresa, dirigidos para o cliente e para o lucro. Para tanto, deve-se buscar formas de comunicação interna, para disseminar essa cultura junto aos profissionais dessa empresa. Deve-se buscar formas de construção de relacionamentos efetivos e duradouros com os seus “clientes-alvos”, com os potenciais, com os fornecedores, com os parceiros de forma a se criar vantagens competitivas sustentáveis. Ele trata das várias formas de interação efetivas que existem externa e internamente nas organizações, na cadeia cliente consumidor de forma a satisfazer as necessidades dos clientes. O Marketing de relacionamento nos faz ver os pontos de contato do cliente com a empresa. O que você oferece e o que o cliente percebe. Nessa nova ordem a questão é ter o foco centrado nos clientes, em suas particularidades como fatias de clientes e não no geral como fatias de mercado.

Conclusão

Com o CRM conseguiremos manter um cliente e dando seu devido valor. É sabido pelos profissionais de Marketing que é cinco vezes mais barato manter um cliente que conquistar um novo e é nove vezes mais barato que reconquistar um ex-cliente. Estamos percebendo que o CRM é um conjunto em que se aplica todos os conhecimentos de Marketing e suas estratégias. O fator importante que reforço aqui, é que a organização que terá sucesso com a aplicação do CRM será a organização que controlar a informação. Para que isto tudo possa ser aplicado necessitamos ter conhecimento do nosso cliente, da nossa organização e principalmente do nosso negócio. Ele é um modelo de negócios e tem seu principal foco no aumento da lucratividade da empresa através da retenção de seus melhores clientes. Essa retenção, ou fidelidade, é conseguida pela utilização do conhecimento individual, de cada cliente, na personalização de aspectos da relação com aquele cliente. Ele integra pessoas, processos e tecnologia para otimizar o gerenciamento de todos os relacionamentos, incluindo consumidores, parceiros de negócios e canais de distribuição.

O CRM bem aplicado, ajuda a aumentar a rentabilidade dos clientes e também aumentar a retenção, ou fidelidade, dos melhores clientes. Conforme Tronchin Cada vez mais discutido na mídia, CRM é um modelo de negócios, cujo objetivo final é o aumento da lucratividade da empresa.

CRM requer uma assimilação por parte das organizações de filosofia do negócio em que se situa o cliente, pois ele é o centro de toda organização. O CRM ampliará o conceito de venda, passando para um processo contínuo envolvendo todos os membros da organização. Por mais aplicações de TI (Tecnologia da Informação) que uma organização possa envolver no processo de CRM, nenhuma funcionará como tal se a mesma não estiver com um respaldo de cultura nos negócios e adaptada a seus conceitos.

O CRM não é um modismo e sim uma realidade que engloba técnicas de Marketing, Tecnologia da informação e um bom planejamento estratégico. Se uma organização resolver implantar a filosofia do CRM por razões emocionais segundo a tendência mercadológica e não uma necessidade o mesmo poderá comprometer toda a estrutura  organizacional. Apesar de ter muitas áreas afins da informática, não será um profissional de informática a melhor pessoa a Implementar CRM. Ele é um processo e não um projeto. Sua aplicação acarretará mudanças conceituais e filosóficas dentro da organização. O líder deverá ser alguém que tenha o poder de mudar a organização.

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